A Semana Start&Scale, promovida pelo ScaleUp Porto, arrancou na passada sexta-feira. O primeiro evento da agenda foi o Pitch Bootcamp, um programa de dois dias que coloca algumas das mais competitivas empresas em Portugal em contacto com universitários e recém-diplomados, promovendo o talento e apoiando as empresas na procura de capital humano.
Desde 2013, foram 50 as edições que juntaram 5.400 jovens e 2.750 profissionais de 650 empresas. 1.350 postos de trabalho foram criados como resultado.
100 estudantes do Instituto Politécnico do Porto foram nesta edição colocados em contacto com 120 empresas da região. Conheceram as suas competências, perceberam o seu lugar no mercado e o leque de alternativas que se lhes apresentarão após terminarem os seus cursos.
Se à primeira vista, a estratégia ScaleUp Porto parece focar-se apenas na transformação de startups em scaleups, basta ler os princípios do Manifesto que a suporta para perceber que pretende ir bem mais longe. Ajudar startups a crescer e posicionar-se internacionalmente é de facto um dos objetivos, mas não será esta também uma forma de gerar mais emprego?
O que acontece quando estas empresas encontram as condições de que necessitam para escalarem e se posicionarem internacionalmente? Precisam de talento, de pessoas que as ajudem a crescer ainda mais, ou seja, precisam de recrutar e aumentar a equipa, gerando de forma direta novos postos de trabalho, já para não mencionar o potencial de criação de emprego de forma indireta. Exemplo disso é a jovem empresa Mindera que em apenas 1 ano de existência, recrutou já cerca de 120 pessoas. Mas vejamos um outro exemplo, o do UPTEC, parceiro da cidade do Porto nesta estratégia. Em cerca de nove anos de existência, o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade já apoiou cerca de 370 empresas, tendo contribuído para a criação de cerca 2 mil postos de trabalho, 90% dos quais são ocupados por graduados e pós-graduados.
Propiciando o crescimento destas jovens empresas e posicionando-se como um “agregador” de partes interessadas – cidadãos, empresas, entidades públicas e investidores nacionais e internacionais – a cidade do Porto pretende contribuir para melhoria das condições de vida dos cidadãos, apostando para isso na criação de emprego. Este é um dos motes da semana Start&Scale, que com atividades dirigidas aos diferentes players do ecossistema empreendedor local e internacional, pretende reforçar a cidade do Porto como um centro de inovação, empreendedorismo e emprego, à escala nacional e internacional.