A porta 73 da rua D. Infante Henrique, no Porto, abriu para aquela que foi a primeira edição do Improve Porto. Tecnologia, Cultura e Comunidade são as palavras-chave da iniciativa criada pelo Porto i/o.
O evento teve lugar no Porto i/o Riverside, um dos dois espaços dedicado ao coworking desenvolvidos por Nuno Veloso. A ideia de trazer para o Porto este conceito é fruto não só da sua experiência profissional em vários países da Europa mas, principalmente, do know-how que o jovem empreendedor adquiriu quando coordenava em Barcelona um espaço dedicado ao coworking.
Aliado ao conceito que vem a implementar há mais de dois anos, no Porto, e com o apoio de Ruba Nemekh, surgiu a necessidade de “fazer algo mais pela cidade sem ter que aguardar pelas iniciativas da CMP, podendo ajudar e trabalhar em paralelo”, de uma forma independente e direta.
Assim sendo, a primeira edição do Improve Porto teve como mote a sustentabilidade da cidade Invicta e contou com a presença de seis moderadores (co-workers do Porto i/o) com experiência nas áreas da Tecnologia, Cultura e Comunidade e “use-case de como é possível ser sustentável aqui no Porto”.
O panorama em que a cidade vive nos dias de hoje trouxe, para as três mesas de trabalho, problemáticas como a expansão do turismo e a preservação da identidade cultural, a falta de aproveitamento dos recursos da cidade a nível tecnológico e humano juntamente com a dificuldade de comunicaçao entre entidades e universidades.
Para a Tecnologia foi destacada a importância da criação de uma “cooperativa tech do Porto, um mapa tech e um made in Porto”. A necessidade de se fazer um branding mais forte e coeso do Porto como tech hub também mereceu a atenção dos participantes. O objectivo seria envolver mais “pessoal interessado e dedicado à comunidade” e assim promover um “bom conhecimento geral do panorama tech da cidade, do ponto de vista de expats, empresas locais e talento local”.
As Universidades e institutos de ensino tendem a “focalizar-se demasiado num currículo académico arcaico”, contribuindo para que os alunos não terminem os cursos preparados para o mundo profissional. Há falta de métodos eficientes que ajudem os jovens a poderem responder às necessidades do mercado. A existência de uma “componente laboral ao longo dos anos de universidade” foi uma das soluções apresentada para a Comunidade.
“Regularização e sustentabilidade” foram os termos que se destacaram na Cultura, onde se procurou “desenvolver um turismo sustentável, trazendo impacto positivo a quem vive na cidade e a quem a visita” porque “Culture is the everyday”. A proteção dos sítios icónicos existentes na Invicta foi uma questão que preocupou os jovens empreendedores. “Disneylandificação”? Não, não queremos, obrigado.
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