No Porto existe um laboratório, destinado a toda a comunidade, que disponibiliza diferentes ferramentas de fabricação digital como impressoras 3D, CNC e Laser.
Foi com esse o propósito que João Barata Feyo e José Pedro Sousa criaram, em 2010, o Opo’Lab – um laboratório que coloca à disposição de toda a população várias ferramentas de fabricação digital e materiais difíceis de encontrar, disponíveis a baixo custo para o utilizador.
João Leão, Fab Lab manager do Opo’Lab, explica que o conceito de Fab Lab nasceu no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) entre 2007 e 2008 e que existiam mais que motivos para trazer o conceito para o Porto. “No Porto temos a fama de sermos os makers, os criadores, e nós sentimos que a cidade do Porto é uma cidade de topo para a inovação para além do facto de ser uma cidade espectacular para se viver. Estes são dois grandes motivos que atraem muita gente para trabalhar aqui na cidade.”
São vastas as áreas das pessoas que vão frequentado o espaço desde a moda, design, engenharia eletrotécnica, mecânica, entre outras. “Algumas pessoas utilizam o espaço para fazer circuitos, outras fazem moldes em alumínio para utilizar em peças que vão precisar para uma máquina ou para a própria execução de um protótipo de uma máquina.”
Atualmente o Opo’Lab dispõe de um núcleo de makers, capaz de criar soluções e projetos que apoiem ou, até mesmo, resolvam problemas que a comunidade sente. A Educação é uma área que o projeto está a desenvolver, pois reconhece a existência de “muitas crianças que não estão a conseguir acompanhar esta evolução tão rápida das tecnologias.” Para colmatar este facto, o Opo’Lab aliou-se ao Viva, uma empresa com uma vasta experiência em trabalhar com crianças, e criou workshops dedicados aos mais pequenos. O objetivo passa por estimular as crianças abordando temas como o desenho, conceitos básicos de mecânica, electrónica e programação. O objetivo passa também por dar a conhecer e utilizar as várias ferramentas que o espaço disponibiliza “para ensinar as crianças porque elas são o futuro para impulsionar a cidade do Porto.”
O principal desafio para o Opo’Lab é conseguir atrair mais pessoas a visitarem e a utilizarem o espaço. “Nós queremos demonstrar que se trata de um espaço descontraído, que as pessoas podem visitar, e que as máquinas não são um bicho de sete cabeças mas podem ser uma ferramenta para impulsionar e melhorar até projectos antigos. Aqui há uma junção entre o analógico e o digital.”
Assista à visita da ScaleUp Porto ao Opo’Lab: