Make or Break, evento apoiado pela Convocatória Aberta do ScaleUp Porto., já aconteceu. Durante 3 dias, cerca de 120 pessoas trabalharam 15 projetos num hackathon que os participantes carinhosamente apelidam de “tech party”. Assim se fez a edição de 2017 do Porto Summer of Code que este ano se transformou em Make or Break.
“O objetivo da organização é enaltecer a comunidade tecnológica do Porto. Proporcionar a todos os participantes três dias de diversão e aprendizagem, envoltos num espírito de companheirismo e entreajuda.” – João Valente, organização Make or Break
O que começou como uma competição de programação para estudantes, tornou-se num evento para criativos, hackers, designers, programadores, gamers e amantes de tecnologia no geral. O Make or Break surgiu com muitas novidades, tendo especial foco na aprendizagem e construção de novos projetos.
Instalados no coração da cidade do porto, tudo aconteceu entre o passado dia 8 e 10. Foram três dias pautados pelo ritmo enérgico dos participantes e com “as mãos na massa” para trazer à realidade as ideias que surgiram no evento. Cada projeto foi enquadrado numa de 3 categorias:
–Útil: aplicações relevantes de utilidade para um publico alvo definido;
–Divertido: com foco no entretenimento/diversão;
–Hardcore: projetos de habilidade técnica superior.
A originalidade e conhecimento técnico não faltou como podemos confirmar nos projetos apresentados:
-HealthyScan – ajuda a identificar produtos potencialmente perigosos numa refeição;
-Dhroraryus – organiza agendas de forma inteligentes de acordo com as restrições e preferências do utilizador;
-PiDrobe – assistente que ajuda a escolher o que vestir;
-Poop’n’Pee – possibilidade de alugar casas de banho de locais privados;
-Selftie – ajuda o utilizador a fazer previsões sobre tarefas, comparando a previsão com a duração real e melhorando assim o seu autoconhecimento;
-Where2.go – sistema de recomendações com base em redes neuronais para ajudar a tomar decisões;
-TravelBug – um algoritmo que ajuda os apaixonados por viagens a descobrir o seu próximo destino;
-Porto Crypto Coin – a “moeda do Porto”, uma moeda que permite troca de valores de forma rápida e segura;
-HIT – Hands Interactive Therapy – um jogo desenvolvido para ajudar à terapia e reabilitação de problemas em mãos;
-myPlant – um sistema de rega para plantas;
-Uniquiz – uma aplicação para melhorar o método de estudo e relação entre professores e estudantes;
-Jukebify – uma jukebox virtual que interage com o Spotify e permite selecionar a música seguinte de acordo com a melhor oferta;
Os vencedores? Esses superaram-se e levaram os prémios:
–TODOS – vencedor na categoria ÚTIL, uma solução que permite identificar e juntar todas as anotações de um projeto;
–WHOOPS – vencedor na categoria DIVERTIDO, aplicação para encontrar e avaliar as melhoras casas de banho espalhadas pela cidade;
–GOATIE SIMULATOR – vencedor na categoria HARDCORE, um simulador com inteligência artificial, desenhado para simular populações de cabras;
Os prémios não eram o principal, mas os vencedores não foram de mãos a abanar para casa. Monitores, consolas e Oculus Rift foram a recompensa pelo trabalho realizado e terem levado a melhor na votação.
Para João Valente, “Após três edições que culminaram numa sessão de apresentações finais e posterior avaliação do júri, concluímos que um formato de “feira”, onde os participantes demonstram os seus projetos a toda a comunidade contribui para um ambiente mais dinâmico onde os participantes têm mais oportunidade de interagir, bem como conhecer melhor os projetos realizados durante o evento.”
Todos os projetos foram desenvolvidos com o princípio de serem open-source e ficarão disponíveis para que qualquer pessoa possa construir variações ou evoluções dos mesmos.
Nem tudo foi animação e desenvolvimento, houve também tempo para workshops dedicados a temas como Introdução à Impressão 3D, Manutenção de Hardware, Criar um Servidor de Raiz e outros temas ainda mais técnicos. Ao logo dos três dias contabilizaram-se seis workshops, todos eles pelas mãos de empreendedores da cidade ou de entidades ativamente envolvidas no ecossistema local.
O Make or Break foi um dos primeiros eventos a acontecer no âmbito da convocatória aberta e já mostrou o seu impacto direto no ecossistema da cidade. A convocatória aberta disponibilizou cerca de 70 mil euros para apoiar iniciativas do ecossistema de empreendedores da cidade, realizando-se desde Julho de 2017 até ao final deste ano e conta com a participação de 8 organizações da cidade reunindo centenas de empreendedores.