Marco Soares, André Sousa e Hugo Lopes decidiram, em 2011, criar a InovRetail com a visão de a tornarem uma referência no setor do retalho. A empresa foca-se no estudo dos espaços físicos, de forma a produzir aquilo a que chamam de retail intelligence – ajudar o retalhista a otimizar o espaço físico e as suas atividades diárias. O objetivo passa por conseguir obter mais clientes satisfeitos e, consequentemente, aumentar o volume de vendas.
Como em todos os novos projetos, houve desafios no início. Foi necessário construir um produto de raiz, “criar uma base de clientes e, no fundo, criar as condições para depois ter um crescimento acelerado”, afirma André Sousa, co-fundador e joint-CEO da empresa. Mas o setor do retalho apresenta em si diversos desafios, como a concorrência “feroz”. Segundo André Sousa, isto espelha a sofisticação dos próprios clientes:
“Enquanto clientes estamos cada vez mais informados; temos acesso a muita informação acerca do que é que o retalhista vende e o que é que a concorrência está a vender e, como tal, tornamo-nos clientes mais exigentes.”
O mercado português é visto pela empresa como um mercado difícil por diversas razões culturais e dimensionais mas, ao mesmo tempo, “fantástico” pois trata-se de um mercado “sofisticado e avançado” e, como tal, “exige às empresas que sejam bastante profissionais e resilientes, caso contrário não sobrevivem,” acrescenta André Sousa.
O setor do retalho preocupa-se em conhecer bem o cliente e, atualmente, o foco está em conseguir aumentar a interação, criando maior envolvimento entre o vendedor e o cliente. É neste tipo de preocupações que a InovRetail pode ajudar através da sua solução. Uma componente em hardware permite colecionar dados nos espaços físicos de retalho, ao mesmo tempo que um software permite a interpretação e a análise desses dados e a sua correlação, de forma a dar uma noção lógica à informação obtida.
“Com esta informação é possível retirar conclusões que permitam ao retalhista estar mais informado quanto ao negócio e tomar melhores decisões.” – André Sousa
O retalhista passa a conseguir estudar os elementos que influenciam a sua atividade e o comportamento do cliente, como a meteorologia, atividades promocionais, a temperatura em loja, etc. Estes dados permitem melhorias que levarão a clientes mais satisfeitos e consequentemente um aumento de vendas.
Neste momento a empresa conta com trinta colaboradores e é uma referência no mercado nacional. “O nome, que era desconhecido, atualmente já é conhecido na nossa área profissional e as pessoas reconhecem o nosso valor. Estamos numa segunda fase em que queremos escalar, tornarmo-nos uma marca internacional mas crescer de uma forma sustentada, assegurar a qualidade dos produtos e clientes ainda mais satisfeitos.” – André Sousa
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Veja a passagem do ScaleUp Porto pela InovRetail: