A semana que pretendia reforçar a cidade do Porto como um centro de inovação, empreendedorismo e emprego à escala nacional e internacional, chegou ao fim. O Hackacity fez deste o mais longo dia da Semana Start & Scale.
Depois de formadas as equipas, os participantes ocuparam as várias salas do Palácio das Artes com um objetivo muito simples: desenvolver em 24 horas uma aplicação que contribuísse para melhorar a vida de cidadãos e turistas do Porto. Para isso, tiveram ao seu dispor dados fornecidos pelas várias cidades que participaram nesta maratona tecnológica: Amersfoort, Utrecht, Santander, Olinda e Recife.
Com o avançar da hora, o cansaço foi ganhando espaço e se em algumas equipas os participantes se revezaram para dormir, outras optaram por dar luta ao sono. Para ajudar a combater o cansaço que teimava em perseguir os hackers, várias atividades decorreram durante a noite. Por voltas das 4 horas da manhã os participantes puderam deliciar-se com bolas de Berlim que ajudaram a despertar e a confortar estômago e cérebro. Podem rever o momento “Olhá bolinha!” aqui.
O dia nascia e os hackers persistiam. Numa finta ao cansaço dispensavam alguns minutos com os jogos “old school” instalados numa das salas do edifício, entre eles o clássico Super Mário. Às 6h da manhã quando o corpo começava a acusar a tensão e cansaço acumulado, os participantes receberam massagens que ajudaram a desbloquear alguns dos “nós” criados pela intensidade da noite. Corpo desbloqueado, pequeno-almoço tomado, era tempo de se prepararem para o sprint final. A última atividade da manhã pôs hackers a exercitar e alongar o corpo.
Depois do esforço dos últimos momentos, chegou a contagem decrescente e às 18h foi tempo de pousar as canetas, largar os computadores e defender o seu projeto frente a um júri composto por Paulo Calçada, a representar a Câmara Municipal do Porto, Ricardo Vitorino da UBIWHERE e Rui Marques da 7Graus.
O vários pitches apresentados impressionaram o júri e mostraram que a luta pelo pódio seria renhida. Depois de alguns minutos de deliberação, chegaram os resultados finais mas antes do anúncio dos vencedores, Filipe Araújo, Vereador da Inovação e do Ambiente da Câmara Municipal do Porto, fez questão de parabenizar todos os participantes:
“Foram 24 horas em que vocês abordaram problemas que nós gostávamos de ver resolvidos e por isso, podemos concluir que prestaram um serviço espetacular à vossa cidade.”
Sem mais demoras, e porque a ansiedade já se fazia notar, foram anunciados os vencedores.
“A minha paragem” foi a solução vencedora. A aplicação permite saber quanto tempo teremos de esperar até que o autocarro que pretendemos utilizar chegue à paragem. A aplicação permite ainda o envio de alertas para que os utilizadores possam saber quando terão de sair de casa, por exemplo, calculando o tempo que demorará até se deslocarem à paragem que habitualmente utilizam. Dessa forma o tempo que seria perdido enquanto se espera na paragem pode ser aproveitado pelo utilizador para outras coisas. Mas os participantes responsáveis pela aplicação querem chegar mais longe. Tendo consciência de que nem todos têm a mesma relação com a tecnologia, a equipa defende que podem ser instalados nas paragens de autocarros e nos estabelecimentos comerciais, ecrãs que mostram a que distância temporal se encontram os autocarros.
Outras ideias premiadas:
A aplicação que nos permite saber quais as melhoras rotas para circular pela cidade do Porto em bicicleta, conquistou o segundo lugar. Em terceiro lugar ficou a aplicação Check the City, mais direcionada para turistas, que funciona como uma espécie de roteiro personalizado com base nas preferências do utilizador.
O dia terminou com os vários jogos que decorreram durante a semana na Rua das Flores, instalados no Palácio das Artes e com a festa de encerramento da Semana Start&Scale.
Esta semana reuniu a comunidade e despertou a atenção a nível internacional para o potencial do Porto. Este será um de muitos passos que ajudarão a criar aqui um ecossistema sustentável de empreendedorismo e inovação.