Filipa Frois Almeida e Hugo Reis são os fundadores do estúdio criativo e colaborativo FAHR 021.3, que procura abordar novos métodos de trabalho e criar emoções nas pessoas através da arte e da arquitectura.
A FAHR é uma empresa, sediada no Porto, onde atualmente se discutem abordagens de espaço público e de arquitectura. Tudo começou em meados de 2011, quando a dupla trabalhava enquanto arquitetos num escritório internacional em Berlim. De acordo com os próprios, surgiu então “a necessidade de fazermos alguma coisa por nós mesmos, inscrevemo-nos num festival de rua de arte urbana e foi a nossa primeira experiência enquanto FAHR.”
Filipa e Hugo explicam que o objetivo das obras não passa por manipular sensações ou reações mas sim “dar o nosso ponto de vista, porque nós gostamos de explorar os receios, os medos, a diferença de escala entre as coisas e essa abordagem acaba por causar reações de estranheza e provocação nas pessoas.”
Desde então, foram vários os projetos que a FAHR desenvolveu, enfrentando cada projeto como um novo desafio. “A Metamorfose é, sem dúvida, o nosso cartão de visita mais recente e constitui o manifesto à temática da cidade, à ruína na cidade, o espaço vazio, o elemento cénico na cidade e de que forma é que este tipo de intervenções temporárias são capazes de incersar outro tipo de visões sobre espaço público.”
Os reconhecimentos foram marcando o percurso da FAHR, contando já com três prémios internacionais: um para o “Architecture”, outro para o “International Design Award” em Taipei, com os Balões de S.João e, mais recentemente, a empresa venceu o concurso internacional “Public Art Competition, National Convention And Exhibition Center (Nangang Exhibition Hall Expansion)” em Taiwan, com a intervenção NAPPE.
Com projetos construídos em Berlim, Itália, México, a internacionalização permanece na visão e ambição para o futuro da empresa. No entanto, a dupla enalteceu a importância de “manter as nossas raízes e manter a nossa sede cá no Porto porque ele é o nosso coração, a nossa pessoa, o nosso sangue e faz-nos bem representar o Porto lá fora.”
Filipa e Hugo acreditam que a cidade do Porto “tem a escala certa para se estar, crescer, ter projetos pessoais, paralelos e para ter vida social que é muito importante para poder alimentar estes pequenos projetos que vão evoluindo. Nota-se que há uma dinâmica muito grande a nível de pessoas a investir nas próprias ideias e novos conceitos.”
Assista à visita da ScaleUp Porto à FAHR 021.3
